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23 de dezembro de 2014

Problemas econômicos da era Kalil são desafio para novo presidente


Em seu primeiro ano, Nepomuceno terá dificuldade para equilibrar balança financeira


Por Fernando Martins Y Miguel
A crise financeira no futebol brasileiro vem afetando, desde o ano passado, o campeão da Libertadores de 2013 e atual campeão da Copa do Brasil. O bloqueio do dinheiro referente à venda do atacante Bernard, em agosto de 2013, foi apenas o pontapé inicial para as dificuldades que o clube vem atravessando desde então.

Bernard foi negociado com o Shakhtar Donetsk (Ucrânia) por cerca de R$ 77 milhões. Mas, por causa de dívidas fiscais, a Fazenda Nacional bloqueou parte do montante. No dia 19 de dezembro, no entanto, o clube conseguiu a homologação do acordo com o Refis, o que representa o fim dos bloqueios econômicos. Isso significa uma forma de aliviar as contas, já que o processo culminou com prêmios e salários atrasados aos jogadores.

O orçamento anual foi afetado pelos problemas financeiros do clube. As receitas diminuíram de R$ 254 milhões em 2014 para R$ 208 milhões previstos para a próxima temporada. Além disso, o valor para investimento direto em contratações vai cair de R$ 25 milhões para apenas R$ 2,5 milhões.

Por isso, a atual diretoria, presidida por Daniel Nepomuceno, iniciou a montagem do elenco para a Libertadores com ajuda de investidores. Isso já aconteceu na contratação de Lucas Pratto, atacante argentino, ao Vélez Sarsfield.

“A diretoria tenta quitar débitos com os jogadores. Os salários estão atrasados em um mês, e os direitos de imagem, em dois. Há ainda o 13º e as premiações por conquistas”

O Galo tentará manter 90% dos jogadores de seu elenco, considerado o terceiro mais valioso do futebol brasileiro, em um levantamento da Pluri Consultoria, divulgado em dezembro. Além de Pratto, a diretoria pretende fazer mais duas contratações e negociar os atacantes André e Jô, que têm altos salários e são considerados cartas fora do baralho por indisciplina.

O clube ainda briga na Justiça para não ficar com fama de mau pagador. O Al-Gharafa (Catar) acionou a Fifa para receber o pagamento de metade dos direitos do atacante Diego Tardelli. Ele foi contratado no início de 2013, com 50% (2,5 milhões de euros) de participação do patrocinador master, o banco BMG, e 50% do Atlético-MG. O clube catariano alega que os mineiros não efetuaram o pagamento.

Internamente também há problemas: a atual diretoria tentará quitar os débitos junto aos jogadores. Ao longo da temporada, eles sofreram com salários atrasados sistematicamente, o que levou Tardelli e o zagueiro Réver a reclamarem ao final da temporada. Os vencimentos estão com atraso de um mês e os direitos de imagem em dois meses, além do 13º e da premiação pelas conquistas da Libertadores, Recopa e Copa do Brasil.

Com cotas de televisão já antecipadas, o Atlético-MG corre atrás para fechar o novo contrato de patrocínio master, já que o BMG não permanecerá. A diretoria vai se reunir nos próximos dias com a direção da Caixa Econômica Federal para fechar um acordo para estampar a logomarca nas camisas e a nova parceria.


O Galo decidiu fazer uma ação para ampliar o programa sócio-torcedor e captar maior receita, além de mandar mais jogos no Mineirão, uma vez que o Independência comporta apenas 23 mil torcedores.








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