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21 de dezembro de 2014

BASE: Reestruturada há dez anos, base vira solução para crise financeira do Galo


Trabalho de recuperação começa a colher frutos neste ano. Jovens revelações entram no time na temporada 2014 e dão conta do recado


Por Fernando Martins Y Miguel
Belo Horizonte

Jogadores da base do se destacaram na temporada 2014 (Foto: Léo Simonini)
Com a situação financeira complicada ao longo de 2014, o Atlético-MG se viu quase como obrigado a lançar jogadores da base para suprir carências da equipe profissional. Outro fator para a inclusão de jovens promessas no time de Paulo Autuori, e depois de Levir Culpi, foram as seguidas lesões de importantes titulares. As revelações da atual temporada mais o acordo realizado com o Refis são alentos para dias melhores para o clube alvinegro, em se tratando das finanças.


E se o torcedor do Atlético-MG se mostrou surpreso com o bom futebol apresentado pelas jovens promessas do clube no profissional durante da temporada 2014, o gerente geral das categorias de base do clube, André Figueiredo, não pode dizer o mesmo.

Para ele, não é novidade a qualidade do zagueiro Jemerson, do lateral-direito Alex Silva, do meia Dodô e do atacante Carlos, todos lançados definitivamente no profissional no ano de 2014. E a rápida adaptação no time principal alvinegro só surpreende quem não acompanha as categorias de base alvinegra.

Não foi surpresa termos vários jogadores se destacando no profissional esse ano. São onze anos de trabalho de reestruturação da base no Atlético-MG e os frutos estão sendo colhidos agora

André Figueiredo

- As pessoas falam muito se o jogador é ruim ou bom com uma ou duas partidas. Mas não sabem a história do jogador, do trabalho que ele vem realizando nas categorias de base. 

Não foi surpresa termos vários jogadores se destacando no profissional esse ano. São onze anos de trabalho de reestruturação da base no Atlético-MG e os frutos estão sendo colhidos agora. Claro que aparecem um Bernard de vez em quando, mas o clube começa a desfrutar da excelência construída na base agora. É um trabalho a longo prazo.

E o dirigente destaca que o clube terá mais reforços oriundos das categorias de base nos próximos anos.

- Com certeza a fábrica Atlético-MG vai continuar produzindo. O Atlético-MG se estruturou. É mais fácil formar jogador agora do que há dez anos, quando não tínhamos toda essa estrutura. A fábrica só evolui. A gente investe cada vez mais.

Em levantamento pela Pluri Consultoria, o atacante Carlos é o 23º jogador mais valioso do país. De acordo com o estudo, quem quiser levar o camisa 13 do Galo terá que desembolsar no mínimo 4,9 milhões de euros (cerca de R$ 16,4 milhões). Nesse caminho estão Jemerson e Dodô, bastante valorizados pelas sequências de grandes partidas no segundo semestre.
Henrique e Carlos - Atlético-MG x Cruzeiro (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)

Nos últimos anos, a base atleticana levantou diversos troféus em todas as categorias. Mas André garante que o objetivo não é somente ser campeão.

- Nosso pensamento na base do Atlético-MG é ‘não ganhar a qualquer custo’. Se você pegar as competições nos últimos anos, em todas as categorias, o Atlético-MG chegou às semifinais ou à final em quase todas. Ganhar ou perder faz parte, mas preferimos dar condição para os atletas jogarem todos os jogos ou a maioria dos jogos em cada competição. É assim que se dá experiência e condição de evolução para o jogador em formação.


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