Camisa 30 do Toronto FC apresenta trajetória semelhante ao do goleiro que garantiu o nosso tetracampeonato
Por Tiago Domingos (@TiagoDomingos)
O primeiro jogador garantido na Copa do Mundo de 2014 foi exatamente um dos mais questionados após o título da Copa das Confederações. Ainda em setembro, diante dos questionamentos quanto ao não aproveitamento de Julio César no QPR, Felipão resolveu acabar com as especulações e ainda mostrar a sua confiança convocando o jogador para o Mundial.
A trajetória do camisa 12 do Brasil, sem dúvida, é curiosa. Quase não aproveitado no clube, se manteve titular da seleção mais vitoriosa do futebol e buscou um time de menor expressão para manter o ritmo. Mas esse roteiro não é novidade para os brasileiros e, da primeira vez, terminou de maneira muito bem-sucedida. Será que a história pode se repetir?
TAFFAREL
Cláudio Taffarel já havia sido titular na Copa de 1990, caindo para a Argentina de Caniggia e Maradona, e também defendido a Seleção nas edições de 1989 e 1991 da Copa América. Chegou ao Parma vindo do Internacional com status de titular, mas fez campanhas razoáveis no novo clube nas temporadas de 1990/1991 e 1991/1992. Como consequência disso, foi perdendo a posição para Marco Ballota e não conseguiu disputar 10 partidas pelo Gialloblu no ano seguinte.
Ao mesmo tempo, Carlos Alberto Parreira fazia um verdadeiro revezamento no gol do Brasil, com Carlos e Zetti também sendo bastante utilizados na posição. Para mostrar serviço, Taffarel saiu do Parma, onde estava sendo pouco aproveitado, e apostou no modesto Reggiana, equipe que havia acabado de subir para a primeira divisão italiana.
No seu novo time, foi titular durante toda temporada e ajudou o Granata a ficar uma posição acima da Zona do Rebaixamento em 1993/1994. No mesmo período, reta final de preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo, garantiu a confiança de Parreira e reconquistou a camisa número 1, sendo peça importante na conquista do tetracampeonato em solo norte-americano. As duas penalidades defendidas na final contra a Itália consagraram o goleiro que ainda disputou o Mundial de 1998.
JULIO CÉSAR
Julio César teve um bom caminho para chegar à Seleção. Após a grande geração de Marcos, Dida e Rogério Ceni, ele surgiu praticamente como a única opção na sequência da Copa do Mundo de 2006. Já em 2004, aproveitou a chance conquistando a Copa América, e ainda pode ir para Alemanha dois anos depois para ter a experiência como reserva.
Participou como homem de confiança de Dunga no ciclo seguinte, que levaria ao Mundial na África do Sul. Durante esse período, chegou a ser considerado por muitos como o melhor goleiro do mundo, ajudando a Internazionale a conquistar cinco títulos italianos seguidos. Mas em solo africano, fracassou de forma traumática com o Brasil e a situação começou a ficar mais difícil.
Na Seleção, Mano Menezes começou a promover testes com Jéfferson, Victor, Diego Alves, Diego Cavalieri e até Rafael Cabral e Gabriel para renovar a meta. Na Inter, o momento era ainda mais complicado. Na temporada 2011/2012, o time nem se classificou para a Liga dos Campeões e, criticado, Júlio César foi buscar novos ares no futebol inglês. Só que ele caiu de divisão com o Queens Park Rangers e começou a frequentar o banco de reservas.
Mas com a chegada de Luis Felipe Scolari no comando do Brasil, voltou a posição de titular e conquistou o título da Copa das Confederações. Como passou a nem ser relacionado para os jogos do QPR, as dívidas quanto a sua presença na equipe nacional começaram a aumentar e o confirmou na Copa no Brasil. Seguindo as “ordens” do comandante, arrumou um time para manter o ritmo de jogo e está defendendo o modesto Toronto FC no futebol norte-americano em 2014.
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