Análise da equipe alvinegra visando o Campeonato Brasileiro de 2014
Por Renato Felipe
Crise de interesse! O Atlético Mineiro terá que escolher qual será a competição que entrará de cabeça de fato. Com a Libertadores ainda em pauta, o Galo disputa o Campeonato Brasileiro sendo visto como um dos favoritos ao título da competição. O time que já foi campeão da Libertadores do ano passado, mas ficou na terceira colocação do Mundial de Clubes, quer mais um título neste ano e já admitiu 100% de engajamento em ambas as competições. Sem falar ainda na Copa do Brasil e na Recopa Sul-Americana.
Elenco:
Goleiros: Victor, Giovanni, Lee e Uilson
Laterais: Marcos Rocha, Michel, Alex Silva, Richarlyson, Pedro Botelho, Eron e Emerson Conceição
Zagueiros: Réver, Leonardo Silva, Otamendi, Edcarlos, Jemerson e Emerson
Meias: Pierre, Josué, Leandro Donizete, Rosinei, Lucas Cândido, Filipe Souto, Claudinei, Eduardo, Ronaldinho, Dátolo e Dodô
Atacantes: Neto Berola, Guilherme, Jô, Luan, Diego Tardelli, Fernandinho, André, Marion e Carlos
Técnico: Paulo Autuori
Análise do elenco:
Ainda com uma construção de uma nova filosofia, o técnico Paulo Autuori passa por problemas categóricos no Atlético Mineiro. O time não tem a mesma pegada se comparado ao futebol apresentado por Cuca, não toca a bola como antes e não tem o mesmo nível no ataque, de quando o clube venceu a Libertadores da América. Inclusive, o fator Ronaldinho Gaúcho pesa muito para todo o elenco. R10 tem jogado apenas com o nome e não como sabe quando pauta o futebol do craque. Para vários comentaristas de futebol, este é um dos grandes complicadores do time, que é extremamente rápido, mas sem um meio-campo que ligue a defesa ao ataque, tem perdido poder ofensivo e consequentemente se tornado mais fraco.
Com Ronaldinho em baixa, as expectativas ficam em jogadores como Guilherme e Diego Tardelli. Guilherme que vem melhorando gradativamente, ainda é uma incógnita para todos. Há partidas que o mesmo desequilibra e domina o meio de campo, mas em outras se esconde, dificultando a armação de jogadas. Já Tardelli não demonstra um bom futebol desde a última Libertadores, quando atuou como um terceiro atacante aberto pelas alas, mas fazendo movimento para o meio para finalizar quando acionado. O jogador que é ídolo para a torcida atleticana, desde 2009, quando comandou um bom Campeonato Brasileiro pela equipe do Galo, que naquela época tinha Celso Roth como treinador. O camisa 9 tem errado passes, gols e deixado a torcida com a pulga atrás da orelha.
Mas nem tudo é crise dentro do Atlético. Uns dos resultados já demonstrados dentro de campo, que reflete o trabalho de Paulo Autuori, é a defesa. A contratação do argentino Nicolás Otamendi, zagueiro de seleção, para substituir Réver, que estava lesionado, caiu como uma luvas para todo o sistema defensivo do elenco. Ele é uma miscigenação de raça e habilidade, se posicionando bem ao lado de Leonardo Silva e com o bote certeiro para desarmar jogadas que poderiam ser perigo de gol. No entanto, Otamendi não deverá ficar, pois está apenas emprestado pelo Valencia, da Espanha, e o clube vai inscrevê-lo em suas competições devido a sua alta performance. Além disso, o clube tem mostrado sim uma melhora tática em geral, mesmo que tardia.
Atualmente, nas oitavas de final da Libertadores, se classificando em primeiro, inclusive, no grupo 4 da competição, o Galo disputará uma vaga na próxima fase com o Nacional Medellín, da Colômbia. Algo que tem segurado a vaia do torcedor para Autuori, que vive uma gestão conturbada por não ter apoio proveniente das arquibancadas. Inclusive, a torcida segurou bem a perda do título do Campeonato Mineiro para o maior rival, no último domingo.
Onde deve reforçar?
Com a contratação de Nicolás Anelka frustrada, o clube mineiro não anunciou nenhuma intenção de contratação. Como tinha o atacante francês em mente, deixou o também atacante Emerson Sheik, que negociava com o clube alvinegro, ir para o Botafogo. Além disso, o clube contratou o lateral Emerson Conceição, que é visto como uma solução para a esquerda, onde Dátolo vinha sendo improvisado. Contudo, não se sabe se a diretoria vai contratar, mesmo sabendo que ainda necessita de um centroavante, com a iminente saída de Jô, depois da Copa do Mundo e da Libertadores.
Expectativas:
Com um time que possui Jô, Diego Tardelli, Ronaldinho, Réver, Victor e Marcos Rocha, donos de um bom futebol, o que se espera do alvinegro é uma boa competição e a disputa por títulos.
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