Com apenas duas atividades no Sul, às vésperas da derrota para o Grêmio, novo técnico terá a missão de preparar o Galo da melhor maneira possível para duelo da Libertadores
Estado de Minas -
Publicação:28/04/2014 09:17
Com a cabeça voltada para os jogos de volta das oitavas de final da Copa Libertadores, Grêmio e Atlético se enfrentaram ontem na Arena Grêmio, em partida na qual, muito mais do que os três pontos, valia a tranquilidade de trabalho para os treinadores. Quem se deu melhor foi o ameaçado Enderson Moreira, que viu seu tricolor vencer o Atlético, do estreante Levir Culpi, por 2 a 1, pela segunda rodada do Brasileiro.
Anunciado na quinta-feira para a vaga do demitido Paulo Autuori, Levir comandou apenas duas atividades na capital gaúcha e terá agora a difícil missão de organizar o Galo para enfrentar o Nacional-COL, quinta-feira, às 19h15, no Independência. Derrotado por 1 a 0 em Medellín, o Atlético precisa de triunfo por mais de um gol de diferença para ir às quartas, sem necessidade de pênaltis. O Grêmio tem a mesma missão, na quarta, depois de perder de 1 a 0 para o San Lorenzo, semana passada, na Argentina.
Ontem, o Atlético ainda não apresentou grande melhora em relação à atuação que culminou na queda de Autuori. Ronaldinho entrou sob muitas vaias da torcida gremista, que não perdoou a opção do jogador pelo Flamengo, há três anos, e a pelo Atlético, há dois, em vez de vestir novamente a camisa tricolor, que o revelou. Em campo, ele foi pouco efetivo, levando perigo apenas em bolas paradas. Com o meio-campo desarticulado, o Grêmio se sentiu à vontade para pressionar, obrigando a defesa alvinegra a dar chutões, ficar trocando passes ou recuar a bola para o ex-gremista Victor – num desses lances, em trapalhada de Alex Silva, os gaúchos marcaram.
Desde os primeiros instantes, o tricolor já ensaiava um jogo ofensivo, chutando três vezes em apenas sete minutos. Não tardou para sair o primeiro gol, aos 10min, em cobrança de falta do argentino Alan Ruiz, que chutou forte no canto direito de Victor. Onze minutos depois, Alex Silva vacilou no recuo de bola, o atacante Lucas Coelho se antecipou ao goleiro e ficou livre na cara do gol para ampliar. As melhores chances do Galo na primeira etapa foram em bola parada, com Ronaldinho aos 26min – chute defendido por Marcelo Grohe – e em cruzamento de Émerson Conceição, que Fernandinho chutou à direita do gol. “Em dois lances infelizes nossos eles fizeram o resultado. Jogamos melhor no segundo tempo, mas não conseguimos empatar”, comentou o experiente Leonardo Silva.
MUDANÇAS
Na segunda etapa o Atlético continuou pouco efetivo. O jogo esfriou e o Grêmio perdeu chance de ampliar aos 16min, com o ex-americano e estreante Rodriguinho, em chute forte, de dentro da área, defendido por Victor. Diante da falta de criatividade e do cansaço dos principais jogadores, Levir tentou mudar o panorama do jogo, lançando Guilherme e Marion nos lugares de Ronaldinho e Diego Tardelli e deixando o time mais ofensivo.
Depois de arriscar em chutes de fora da área, o Galo conseguiu marcar: Jô escorou de cabeça para trás, e Fernandinho ajeitou e fuzilou. Com mais fôlego, o Atlético pressionou nos últimos 10 minutos, mas o Grêmio – mesmo com um jogador a menos, sem o expulso Bressan, que retardou o reinício do jogo – se fechou na defesa e conseguiu a vitória.
R10 e Tardelli garantidos
A reação nos minutos finais do jogo contra o Grêmio animou o estreante Levir Culpi, que terá muito pouco tempo para preparar o Atlético para a difícil missão de superar o Nacional-COL na quinta-feira. A delegação desembarca hoje, às 8h30, em Confins e terá folga, voltando aos treinos amanhã à tarde. A mudança de postura do Galo veio depois da troca de Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli por Guilherme e Marion, respectivamente, mas o treinador descartou a possibilidade de tais mudanças para o confronto pela Libertadores.
“Eu achava que os dois deviam sair, pois precisava de ritmo e não vi velocidade suficiente para conseguir penetrar na defesa do Grêmio. Mas o próximo jogo é outra situação”, explicou Levir, que lamentou o pouco tempo para trabalhar com o grupo. “Infelizmente, no Brasil é assim: muitas trocas de técnico. Foi muito pouco tempo para trabalhar. Eu vim praticamente para assistir ao jogo, fiquei conversando com o pessoal do banco para discutir algumas situações.”
Levir, como os jogadores, fez apelo especial aos torcedores para que compareçam ao Independência para empurrar a equipe contra os colombianos. “O resultado foi ruim, mas teremos uma boa oportunidade para nos recuperar, diante da torcida, na quinta-feira.” O volante Pierre lembrou que o momento é de confiança na força do conjunto. “É hora de o grupo se fechar, se unir e trabalhar ainda mais. A gente sabe que na quinta-feira teremos uma decisão de campeonato, e precisamos estar 100% para reverter uma situação que não é fácil.”
Pelo Brasileiro
O Atlético voltará a campo no domingo, às 18h30, diante do Goiás, no Horto.
VITÓRIA DO NACIONAL-COL COM OS RESERVAS
Rival do Atlético na quinta-feira, pelas oitavas de final da Libertadores, o Nacional-COL estreou ontem nas quartas do Campeonato Colombiano com vitória sobre o Envigado por 4 a 1, fora de casa. Os gols foram de Calle, Ángel, Páez e Cardona. O técnico Juan Carlos Osório poupou alguns titulares
Comentário:
Com todo respeito ao Nacional, com o plantel que o Atlético tem, hoje não precisaríamos estar preocupados com esta partida.
Estaríamos sim, pensando em Goiás, e nas quartas de final da Copa Libertadores.
O Atlético conta hoje com um dos melhores atacantes ou o melhor ataque Brasileiro e fica 4 jogos sem marcar um gol sequer!
Pensei que "YES WE CAM" era coisa do passado, tivemos inúmeras oportunidades de gol, poderíamos ter aplicado uma goleada na Colômbia, mas, fomos incompetentes.
Até ontem colocaria 100% de culpa no Ex-técnico, mas, é preciso mais ânimo dos jogadores, mais raça, comprometimento, vergonha.
Não espantem se o Levir mudar muito este time para quinta feira, colocar uns "Pelés" no banco e botar quem realmente quer vencer.
Ninguém desaprende a jogar de repente, o cara recebe salário, residência em bairros nobres, tem a melhor estrutura do País para treinar, o salário em dia (apesar de não ter sido liberada a verba da venda do Bernard) e outros benefícios que não sei, mas, existem.
Isto tudo no Brasil, perto da família, escolas, hospitais, etc.
Onde irão encontrar um melhor custo/benefício destes, na Ucrânia?
Vamos apoiar o time do início ao fim, gritar, mandar muita energia, vibrar junto, caso não aconteça o que esperamos, sem chance, muita gente vai pegar o chapéu.
MESMO ASSIM EU ACHO QUE O NACIONAL NÃO VAI AGUENTAAAAAARRRR!!!