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2 de março de 2014

Não é saudosismo

2/03/2014 6:46
Luis Figueira Jornalista
Tenho acompanhado de vez em quando pela televisão alguns jogos do Módulo I do Campeonato Mineiro e tenho observado o quanto o nível técnico das equipes tem caído ano a ano. A baixa qualidade dos times também pode ser observada no Módulo II, competição que tem a participação o Uberlândia Esporte Clube (UEC) e outras equipes da região.

Olha, sem contar com a rodada de ontem, no Módulo I estariam rebaixados, América e Villa Nova, dois times tradicionalíssimos do futebol mineiro. Em seis partidas disputadas, o Coelho e o Leão tiveram apenas uma vitória cada, com o aproveitamento pífio de 27%. Pior era a situação do Guarani de Divinópolis, outro time tradicional de Minas, que em sete partidas disputadas, venceu uma única vez e o seu aproveitamento é de 23%.

Enquanto isso, na parte de cima da tabela, o Cruzeiro lidera absoluto com 80% de aproveitamento, enquanto o Atlético, que andou tropeçando no início da competição, chegou ao G4 e excluindo a rodada de ontem, em sete jogos disputados, tem aproveitamento de 52%. É claro que essa dupla não está nem aí para o Estadual, já que ambos têm como prioridade, a Copa Libertadores da América. Mesmo assim, sem maiores esforços, devem decidir o título e então neste caso, um não quer perder para o outro, já que a rivalidade sempre fala mais alto, e apesar de tudo, título é título e ambos querem erguer a taça.

No Módulo II também vamos deixar de lado a rodada de ontem, isso porque escrevi a coluna na manhã de sexta-feira. O nível técnico é muito ruim, tanto que o UEC conseguiu a proeza de empatar dentro de casa com Patrocinense e Nacional de Uberaba, que estão ocupando as duas últimas posições na chave A. Não vou nem falar hoje sobre essas “pisadas de bola” do UEC, porque não vem ao caso. Continuo achando que o Uberlândia vai se classificar para o hexagonal decisivo da competição e quem sabe pode até conquistar o acesso, porque o nível do campeonato é muito fraco.

Desde que a Federação Mineira de Futebol (FMF) dividiu os times em dois módulos, a qualidade tem piorado muito e além disso o que se vê são os chamados times de verão, que têm duração de três ou quatro meses. Tudo bem que Atlético e Cruzeiro não estejam nem aí para o Campeonato Mineiro, mas a FMF bem que poderia fazer uma competição mais atrativa e valorizada envolvendo as equipes do interior. Já abordei este assunto em outras vezes e penso que, se a federação nada faz pelos seus filiados, cabe à CBF a responsabilidade de criar outras divisões no futebol brasileiro e assim oferecer calendário de sete ou oito meses aos clubes médios e pequenos.

Tenho saudade do tempo que aqui em Minas Gerais, o Uberlândia tinha um time bom e era respeitado por onde passava. Me lembro daqueles timaços da Caldense, do Democrata-GV e do Uberaba, que metiam medo nos adversários. Era comum, principalmente em seus estádios, esses times darem verdadeiras “chineladas” no Atlético e no Cruzeiro. Era comum naquela época, os torcedores desses times, lotarem as arquibancadas de seus estádios e terem orgulho de serem torcedores dessas equipes.

Naquela época, os times do interior não ganhavam o título do Campeonato Mineiro, principalmente, porque quando a coisa ficava difícil para os times da capital, a arbitragem dava um jeito de beneficiá-los. Mas mesmo assim o torcedor dos times do interior eram apaixonados e sob o sol ou sob a chuva, lá estavam eles eufóricos torcendo por seus times. Não é saudosismo não minha gente, mas que dá saudade, isso dá.

Opinião:
Concordo em parte, agora beneficiar times do interior eu descordo um pouco, mesmo porque a Caldense, o Ipatinga, a Caldense têm este título.
Quanto a FMF, sem comentários! Estava fechada uma semana antes do estadual, prejudicando não só os Clubes Mineiros e de outros Estados que dependiam de documentos para registro de jogadores, seria uma revolução esta competição sugerida e consequentemente um campeonato muito mais competitivo e atraente

No interior é assim:
Os times do Triângulo Mineiro dão lugar aos Paulistas, da Zona da Mata aos do Rio de Janeiro e do Sul de Minas apesar da proximidade de São Paulo, destacam-se mais. Ao invés de explorarem mais seus produtos, trazerem seus torcedores, melhorarem seus estádios buscando conforto, contratações melhores, etc. a receita aumentaria e poderiam ter equipes mais competitivas, mas, isto depende de marketing.
Na série "B" de 2013 o BOA enfrentou o Palmeiras como mandante, o estádio estava lotado de torcedores do adversário, isto é como violar a soberania "futebolística do Estado"
Lembro de ir ao antigo Mineirão assistir GALO x Uberaba (Jogo difícil), estadio cheio, placar magro, porém, futebo de qualidade e respeito de ambas as partes, hoje estas partidas servem para pais levarem seus filhos para conhecerem o estádio.

Este seu saudosismo pode ser também motivo do desempenho dos times da Capital, considerado atualmente os melhores do Brasil e da América.

O marketing esportivo deve ser a princípio "prioridade zero", nestas regiões citadas temos grandes empresas, muito dinheiro para ser investido.

Qual a diferença do vôlei do Praia Clube que figura entre os primeiros do País de um time de futebol.
Trazer "Túlio Maravilha" mesmo que de graça, não é uma solução positiva para Clube algum e sim para ele marcar gols de pênalti causando um certo ciúme em jogadores do Clube que anseiam ao menos a artilharia.

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