ENTREVISTA
Leonardo Silva - Zagueiro Atlético
THIAGO PRATA VICTOR MARTINSESPECIAL PARA O TEMPO
O zagueiro Leonardo Silva, marcado na história do Atlético como autor do gol que manteve o sonho do título da Libertadores vivo, recebeu O TEMPO em sua casa para falar da conquista inédita do ano passado, da luta pelo bicampeonato e muito mais...

E o título pelo Galo foi especial. O zagueiro fez aos 41 min e 35 seg da etapa final o gol que manteve o sonho do título vivo, como ele mesmo destaca. Além disso, Leonardo Silva foi o autor do “gol do título”, já que o camisa 3 bateu a penalidade antes de Giménez chutar a bola na trave e definir o fim que todos já conhecem.
E foi nesse clima, vestindo pela primeira vez a camisa que usou na final, que Leonardo Silva, hoje com 34 anos, falou com exclusividade a O TEMPO sobre 2013, as expectativas para 2014 e o amor pelo Galo.
Como é para o Atlético entrar em campo como atual campeão? É mais difícil?
Sim, já é uma competição muito difícil e entrar como o atual campeão torna as coisas mais difíceis ainda, pois todos os times querem bater o atual campeão, querem superá-lo. As partidas se tornaram mais complicadas, pela qualidade das equipes e pelas circunstâncias que o Atlético entra nesta Libertadores.
Mais uma vez, o primeiro lugar geral é o foco do Galo?
É buscar essa vantagem, ser o primeiro geral. Nós tiramos proveito muito bem dessa regra na Libertadores do ano passado. E mais uma vez a gente está com esse pensamento, de ser o primeiro colocado geral. Ou então ser o primeiro do grupo e classificar muito bem, para ter essa vantagem de poder decidir em casa.
Qual a motivação do elenco? Mudou alguma coisa depois da conquista de 2013?
Não muda nada, nosso objetivo é ser bi da Libertadores. Todo atleta não pode se cansar de ser campeão, ele tem que gostar de ser campeão. Nosso pensamento é permanecer ganhando, é permanecer vencendo. Queremos ser campeões do Mineiro, queremos o bi da Libertadores e conquistar tudo aquilo que temos para disputar. Queremos ficar marcados na história do clube com muito mais títulos.
É sua vontade encerrar a carreira no Atlético?
É um clube hoje pelo qual sou apaixonado, mas não depende apenas de mim. Vou continuar fazendo meu trabalho e deixar que as coisas aconteçam naturalmente. Para falar em me aposentar no Atlético, tenho que estar bem até essa ocasião. Então, vou procurar trabalhar para estar bem-condicionado. Vou procurar trabalhar bem no Atlético, que é um clube que amo de paixão, para dar mais títulos, para dar retorno ao clube e para que o clube também me dê retorno.
O que mudou depois do gol na final da Libertadores? Você consegue andar na rua?
Consigo andar, mas as pessoas sempre reconhecem e me tratam muito bem. Apenas aumentou o carinho de todos os torcedores. Fico muito feliz de ter participado da conquista. O carinho e o respeito pelo nosso trabalho aumentaram demais. Isso é fruto do que nós fizemos em campo, da estrutura do clube, do pensamento da diretoria. É um trabalho em conjunto. E agora trabalhamos para que isso permaneça, para fazer história e fazer com que esse carinho nas ruas só aumente.
Quanto tempo demorou entre a cabeçada e o gol diante do Olímpia?
Foi uma sensação eterna, pois a bola demorou demais para sacudir a rede. Era aquela apreensão de saber se a bola ia entrar ou não. Mas, quando entrou, foi uma explosão de emoção de todos naquele estádio. Foi um gol que manteve o nosso sonho vivo. E graças a Deus ele foi realizado. Foi um gol maravilhoso.
Você tem o costume de ver seu gol ou a final inteira?
Assisto sempre que posso, vou lá no YouTube e fico vendo. Infelizmente, não tenho a partida inteira, mas ainda terei. Mas os lances eu sempre vejo, afinal de contas, foi muito emocionante, marcante, que nos fez entrar para a história. Não tem como esquecer e sempre que posso ver assisto para que esteja no sangue, para a gente arrepiar como faz o torcedor do Atlético.
Antes do gol, você caiu dentro da área. Foi pênalti?
Eu tentei dar uma forçada ali. Mas o árbitro fez um sinal para levantar e disse que não foi nada. E quando a bola passou e olhei para o juiz e também vi o Bernard. Então eu me levantei e consegui fazer esse gol que é marcante.
Qual foi a pior derrota: Libertadores com o Cruzeiro ou Raja, no Mundial?
Para o Raja foi mais dolorido, por tudo aquilo que a gente vinha fazendo. Não esperávamos sofrer a derrota como foi. Fomos com o pensamento de vencer, mas não aconteceu como a gente queria. Foi uma lição. É trabalhar mais e mais, para voltar ao Marrocos e fazer diferente.
Camisa. Nem pai nem amigos. A camisa da final da Libertadores não tem preço.
Frustração. O zagueiro tentou ficar com a bola do gol. Mas ele não conseguiu e lamenta por isso.
Atleticano. O filho Lucas tem 2 anos e o pai tem certeza que ele é alvinegro.
Pênalti. Um dia antes da final, Leonardo Silva foi um dos melhores no treino de penalidades, por isso, bateu.
Internet. Confira a entrevista completa concedida pelo herói do Galo no SuperFC. www.superfc.com.br
Vitória para seguir o caminho da melhor campanha
O Atlético realizou ontem o último treino antes de embarcar para o Paraguai, onde enfrenta o Nacional, em Ciudad del Este, e o discurso era uníssono: conquistar mais uma vitória fora de casa para voltar a fazer a melhor campanha da fase de grupos, assim como em 2013, e ter vantagem de jogar a última partida nas próximas fases em Belo Horizonte.“A gente sabe o quanto é importante fazer uma boa campanha na fase de grupos. O intuito é levar os três pontos e encaminhar logo a nossa classificação”, afirmou Jô.
“Sabemos da dificuldade e da importância da vitória. Vamos tentar fazer a mesma coisa (que 2013) para ter essa vantagem nos jogos de volta”, reiterou Ronaldinho.
O embarque da delegação atleticana foi ontem às 18h20, com escala em Curitiba e chegada a Foz do Iguaçu prevista para as 00h20 de hoje. Nesta terça, o Galo treina às 19h no estádio 3 de Febrero, local da partida de amanhã, que terá início às 22h. (Fernando Almeida)
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